Em entrevista ao canal TV Avant, na última sexta-feira (21), o presidente da Confederação Nacional dos Bananicultores (CONABAN), Jeferson Magário, afirmou que ainda há agricultores que são resistentes a existência da doença do Mal do Panamá.
Segundo o presidente, a disseminação de "fake news" tem minimizado os efeitos que a doença pode causar a produção.
Jeferson afirmou que a Abavar (Associação de Bananicultores do Vale do Ribeira) tem aconselhado os produtores do Vale do Ribeira na prevenção da doença. O cultivo de bananas chega a 80% da economia da Região. De acordo com o presidente, a instituição tem informado as prefeituras da região sobre a divulgação dos cuidados que devem ser tomados.
Representando o Ministério da Agricultura, Wilson da Silva Moraes, professor de Fitopatologia Agrícola e Doenças de Plantas Cultivadas da UNESP, disse que o Ministério está em Alerta Quarentenário desde que a doença foi identificada em Moçambique, em 2013.
No Brasil, a raça 1 já foi encontrada em bananas-maças e banana-prada. Segundo o professor, o vírus pode ser transmitido devido a mudas e solos contaminados. Medidas estão sendo tomadas para evitar a disseminação. A compra de mudas oriundas da Colômbia e Peru, países que identificaram o fungo, foi cancelada.
Nas fronteiras, a fiscalização está sendo redobrada, além do acompanhamento com empresas que realizam o transporte de produtos.
O Mal do Panamá é causado por uma subespécie do fungo fusarium. A raça 4 é considerada mais letal por entrar na planta e decompor o tecido que transporta os nutrientes, causando a morte da planta.