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Agronegócio

Curso virtual gratuito contribuirá para prevenção contra o "Mal do Panamá

O curso Biossegurança frente à R4T está voltado para os produtores, sem importar seu tamanho ou grau de tecnificação

Publicado em 19/05/2021 às 00:51
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A Bayer lançou, na plataforma e-learning do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o curso virtual Biossegurança frente à R4T, uma ferramenta de informação relevante sobre a cepa raça 4 tropical do fungo Fusarium, que ameaça gravemente a produção mundial da banana e a segurança alimentar e nutricional de milhões de famílias que dependem desse cultivo.
A nova capacitação faz parte dos 13 módulos da iniciativa BayG.A.P, programa da Bayer de apoio aos produtores e atores da cadeia de suprimentos, que tem por objetivo oferecer capacitação, assessoramento e respaldo no processo de verificação dos seus produtos.
O curso Biossegurança frente à R4T é gratuito e está voltado para produtores, sem importar tamanho ou grau de tecnificação, para os canais de distribuição, para os distritos de irrigação, para os assessores técnicos e, em geral, para qualquer pessoa relacionada com o cultivo de banana. (Disponível aqui)
“O objetivo é divulgar as características da doença, como aspectos básicos do fungo Fusarium oxisporum f. sp. cubense Raça 4 (Foc RT4), os sintomas que se manifestam nas plantas de acordo com o seu desenvolvimento, o impacto na produção da banana e as medidas de biossegurança que devem ser implementadas para se deter a sua transmissão e disseminação para áreas não infectadas”, explicou Beatriz Eugenia Arrieta, Gerente Regional da Food Chain Value da Bayer Crop Science.
O curso virtual é composto de cinco módulos. O primeiro contém antecedentes da doença e as suas consequências socioeconômicas, aprofundando aspectos relativos à sua detecção e epidemia, bem como a sua ameaça para a indústria bananeira. O segundo apresenta o ciclo e os sintomas da doença. O terceiro trata da disseminação da praga, que se propaga por elementos vegetais, solos e substratos e água. O quarto aborda as medidas de prevenção (educativas, preventivas e de contenção). E o quinto, que fecha o curso, aborda o controle da doença em matéria de gestão nutricional das plantas, gestão de controle mediante o uso de diferentes sistemas de cultivo e gestão dos elementos vegetais.
“Depois de conhecer a doença, a sua facilidade de divulgação e a duração do fungo no solo, esperamos que os agricultores tomem consciência e implementem imediatamente as medidas descritas no curso”, acrescentou Arrieta.
Essa opção de capacitação também foi disponibilizada para a Parceria Global contra o Fusarium R4T, constituída formalmente em fevereiro, cuja missão é apoiar o setor bananeiro e os seus atores na luta contra essa doença mediante o desenvolvimento de conhecimento, tecnologia e mecanismos para se encontrar uma solução científica definitiva. As suas ações abrangem três frentes: prevenção e capacitação, melhoria genética e métodos de controle.
A Parceria aglutina 25 instituições e inclui representantes do setor privado, da comunidade acadêmica e de organizações da sociedade civil, entes estatais e organismos internacionais, entre os quais o IICA, escolhido pelos demais membros para exercer a secretaria do Comitê Executivo da Parceria.
Dessa Parceria participam, entre outros, o Instituto Internacional de Agricultura Tropical (IITA), a Corporação Bananeira Nacional (CORBANA) da Costa Rica, a Bayer, a Chiquita Brands International, a Rede Solidariedade e a Universidade de Wageningen (Países Baixos), além do IICA. (Mais informações em https://iica.int/pt/global-alliance)
Uma pandemia para a banana
A cepa raça 4 tropical (R4T) não afeta a saúde humana, mas pode destruir as plantações de um cultivo de que depende a renda de milhares de famílias rurais. É transmitida pelo solo, e atualmente não existe tratamento para erradicá-la. A única solução para frear a sua propagação é queimar plantações inteiras de banana, em cujo terreno ela não pode ser cultivada de imediato, perdendo-se, assim, milhares de hectares de terras férteis.
A banana é cultivada em 135 países dos cinco continentes e, além de desempenhar um papel central na segurança alimentar global, é o meio de vida para os que trabalham no seu cultivo, transporte e comercialização. Estima-se que 400 milhões de pessoas dependem dessa fruta como alimento ou fonte de renda.
Na nossa região, é um dos poucos cultivos que proporciona renda durante o ano todo aos produtores rurais, representando para as populações mais vulneráveis a quarta parte das calorias que ingerem diariamente.
A banana é o quarto cultivo alimentar de maior produção no mundo, atrás do trigo, do arroz e do milho, e o quinto cultivo não processado mais consumido no planeta.
Atualmente, a doença está presente principalmente nos países tropicais e subtropicais. Foi detectada em 19 países.
Recentemente, a presença do fungo foi confirmada no norte do Peru e no Equador, país vizinho, o que acionou o alarme para se evitar a sua propagação.

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