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"Abra a Caixa" propõe inovação na Educação em tempos de Pandemia

Escola, em Registro, mostra como tem cativado os pais com soluções criativas durante a quarentena

Publicado em 27/07/2020 às 07:43
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São três meses desde o decreto que impôs o impedimento das escolas funcionarem presencialmente, e a pergunta que fica é como unir a escola/educadores e pais nessa jornada que é educar as crianças? A resposta encontrada pela Escola Abra a Caixa foi cultivar o vínculo e buscar ferramentas de apoio emocional para as famílias. 

A proposta da escola, desde o inicio, foi estabelecer uma parceria participativa das famílias matriculadas, como expõe Mariana Vitorino, mãe do Benicio de 4 anos: “Escolhemos o Abra a Caixa porque sentimos no coração o desejo que antes de o nosso filho decidir ser um engenheiro, um matemático ou um advogado, ele saber ser humano, saber ser empático, saber se comunicar e fazer o bem. E o abra a caixa tem um suporte muito consciente, não só para o aluno como para a família”.

E a Pandemia não distanciou a relação família-escola, graças uma série de ações e, entre elas, um diálogo aberto sobre a proposta com as crianças durante o período de distanciamento e uma gestão administrativa e pedagógica horizontal, "A escola me surpreende positivamente cada vez mais.", diz Marielli Roumillac, mãe da Maitê de 3 anos.

Tudo começou em abril quando a programação de comemorações anuais da Escola teve que deixar de ser feita presencialmente. “Na Páscoa surgiu a ideia do kit de Páscoa”, explica Edislaine Roza Sakai, gestora da escola. A partir daí a Escola avaliou junto aos pais, a possibilidade de continuar a entrega dos kits de ARTividades, como gostam de chamar, além de encontros virtuais onde pais, alunos e escola constroem essa realidade momentânea de convivência.

Os kits vêm sendo distribuídos de forma quinzenal, com objetivo de oferecer ferramentas que contribuam de maneira leve e respeitosa no processo de formação da criança. Recriando algumas atividades que faziam parte da rotina das crianças no espaço escolar, é, portanto, voltado para as crianças e os pais, pois acreditam que a melhor forma de aprendizado é através do brincar e imitação, ou seja, dispor dos materiais para livre exploração, e posteriormente a construção conjunta das atividades. Os itens do kit atendem crianças de dois a seis anos, mas o mesmo material pode ser utilizado de diferentes formas, de acordo com a idade e desenvolvimento da criança.

São atividades como jardinagem, pintura em aquarela, contos, receitas, trabalhos manuais e brincadeiras, buscando interação entre as famílias, como o desafio de memória afetiva, onde foi proposta a troca de receitas culinárias que tivessem um apreço pela família, as receitas e as historias são objeto de uma espécie de amigo secreto.

As aulas de musicalização continuam acontecendo por meio das plataformas digitais e no dia 1 de julho, a Escola propõe uma aula aberta veja detalhes no https://forms.gle/dRQuRR7EQ2ijYmUv9. “Temos músico/educador Jorge Henrique, que propõe brincadeiras musicais, estórias e oficinas de construção de instrumentos musicais caseiros” explica Edislaine Roza Sakai.

E as ações não param por aí, os pais têm à disposição a possibilidade de orientação em disciplina positiva com a educadora parental e sócia no projeto, Jheniffer Portugal. E em suas redes sociais, textos de orientação e apoio diversos aos pais, além de uma série de vídeos sobre Educação Emocional, apresentados pela Psicoterapeuta Luciana Calazans, que é parceira no projeto, e mãe do Yossef, 2 anos.

“O que significa ter seu filho matriculado numa escola que no meio deste caos de pandemia, e isolamento social que manda um Kit de ARTividades para desenvolver com seu filho?” Ana Lígia e Fabio Kiyohara, pais do Thomas, 4 anos, respondem: “Significa mais vida, leveza e encantamento dentro deste cenário tão desafiador! Sim, vem um sentimento quentinho dentro do coração de que fizemos a opção correta. Receitinhas cheias de carinho de pratos simples que os alunos estavam acostumados a comer dentro da escola, atividades diversas– que trazem alegria a casa inteira, conto e aquarela, raquete de bolha de sabão, pipa de mão... E por aí vai! E o que dizer de um grupo de pais para conversar, se apoiar, se ouvir. Tem feito toda a diferença num momento deste”.

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