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Bate-papo

Sesc debate o lugar do historiador para além da sala de aula

A discussão será sobre os lugares de atuação do historiador atualmente e as perspectivas e desafios que a regulamentação da profissão impõe

Publicado em 11/10/2020 às 01:00

O projeto Sesc Ideias realizou um debate com o tema: "Lugares da história e a profissionalização do Historiador".

A História sempre foi território de disputas do discurso. Se, no passado, a sacralidade dos testemunhos escritos era empregada na análise histórica, a partir do século XX os historiadores passaram a olhar sua própria metodologia problematizando o fazer histórico e ampliando a sua investigação, incorporando métodos pluridisciplinares. 

E se a história é a estudo dos homens no tempo, como assinala Marc Bloch, o historiador é parte da história e do tempo presente. O lugar da atuação do historiador tem se ampliado cada vez mais, encontrando espaços de realização do ofício para além das salas de aula, e mesmo expandindo a própria experiência docente para outras plataformas e projetos de divulgação cientifica. 

Nos últimos anos, vemos uma forte tendência à um revisionismo histórico que é, muitas vezes, fundado em teorias da conspiração ou interesses deturpadores dos fatos, que não leva em conta qualquer metodologia científica e que revisitam discursos oriundos da história da ciência, da saúde e da política, dentre outros, aplicando-os anacronicamente. Neste cenário, o debate sobre a regulamentação do ofício de historiador ganha outros tons e urgências. 

Esta edição do Ideias, Lugares da História e a profissionalização do Historiador, pretende trazer à discussão os lugares de atuação do historiador na contemporaneidade e discutir as perspectivas e desafios que a regulamentação da profissão impõe à prática do fazer histórico no tempo presente.



SESC IDEIAS - LUGARES DA HISTÓRIA E A PROFISSIONALIZAÇÃO DO HISTORIADOR


Convidados:


Caróu Oliveira. Historiadora (USP) e Mestranda em História Social (UNIFESP). Educadora em espaços formais e não-formais com experiência em História, Arte Contemporânea, Arte-educação, Educação Patrimonial. Mediadora de debates, curadora na Exposição À margem e autora de ensaios sobre gênero e política. Fundadora do projeto História da Disputa: Disputa da História.


Bruno Leal Pastor de Carvalho: professor adjunto de História Contemporânea (UnB). Graduado em História (UERJ) e Comunicação Social (UFRJ). Mestre em Memória Social (UNIRIO) e Doutor em História Social (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e Divulgação Científica, foi coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos e Árabes da UFRJ, o NIEJ entre 2011 e 2018. É membro da Rede Brasileira de História Pública e da Associação das Humanidades Digitais e fundador e editor do site Café História.


Valdei Lopes de Araujo: professor de história associado da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Graduado e mestre em História (UERJ) e doutor em História Social da Cultura (PUC-RJ) com estágio PDEE na Universidade de Stanford. Publicou em co-autoria os livros: Almanaque da Covid-19: 150 dias para não esquecer; Atualismo 1.0: como a ideia de atualização mudou o século XXI e co-organizou a coletânea Do Fake ao Fato: (des)atualizando Bolsonaro, com Bruna Klem. Todos pela editora Milfontes e disponíveis em versão Kindle na Amazon. Editor da Revista Brasileira de História e membro do conselho editorial dos periódicos "História da Historiografia" e "Almanack". 


Apresentação e mediação:


Sabrina da Paixão. Historiadora, mestra e doutoranda em Educação pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.



Assista o bate-papo abaixo:






Sesc Ideias


Ideias é uma iniciativa do Sesc São Paulo de incentivo ao debate e à reflexão. O canal no Youtube do Sesc SP, sempre às 16h, abre um espaço para troca de ideias nos mais variados campos de atenção do contemporâneo.

As principais questões que tencionam a agenda sociocultural e educativa contemporânea serão apresentadas, diariamente em forma de diálogo entre pesquisadores, pensadores, atores, médicos entre outros articuladores sociais ativos.

A programação busca abranger, assim, os temas e questões que estão na pauta do dia a dia, de modo a propor amplitude no enfoque interdisciplinar e sugerir aprofundamento com minúcia interpretativa, sem com isso perder o fio da complexidade do social.

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