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As habilidades socioemocionais no contexto de incertezas

As habilidades socioemocionais no Brasil ganham destaques e começam a ser implantadas a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Publicado em 30/12/2020 às 22:46
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A pandemia do COVID19 fez como nunca nossa sociedade sentir a falta da escola, os pais que o digam e, até mesmo, muitos jovens, e o que dizer então das crianças que sentem, incansavelmente, mais ainda a necessidade de socializar-se. 

É notório que as habilidades socioemocionais são de extrema relevância para o desenvolvimento da criança, pois os estudiosos e pesquisadores, desde a década de 90 nos EUA, vêm se debruçando sobre a implantação e implementação das habilidades socioemocionais. A pesquisadora norte-americana Bruening tem destacado como essas habilidades bem trabalhadas pela escola tem ajudado no desenvolvimento das crianças como sujeitos melhores e completos. Contudo, não é só a escola que desempenha esse papel, mas é de suma importância a família estar envolvida nesse processo.

As habilidades socioemocionais no Brasil ganham destaques e começam a ser implantadas a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Entre os anos de 2015 e 2016, a BNCC passa por discussões de especialistas e também por discussões na escola; em 2017, o Ministério da Educação (MEC) homologa a BNCC e, a partir de 2018, os estados e os munícipios começam a reestruturar seus currículos educacionais.

Essas habilidades contempladas na BNCC envolvem: Autoconsciência: desenvolver autoconfiança e autoeficácia; Consciência social: apreciar diversidade e respeitar os outros; Autogerenciamento: automotivação, buscar objetivos; Habilidades de relacionamento: trabalho em grupo; tomada de decisão responsável: solucionar problemas, refletir.

Portanto, se as escolas estruturarem uma linha de trabalho que considere as habilidades socioemocionais, sua chance de sucesso será muito maior e os beneficiados, nossos jovens, serão sujeitos melhores e poderão fazer uma grande diferença na sociedade.

Porém, cabe ressaltar que para ter sucesso na formação do sujeito com essas habilidades os estados e os munícipios precisam, por meio de suas secretarias de educação, investir em formação dos professores, pois muitos não sabem nem do que se trata essas novas habilidades.


Claudio Neves Lopes, mestre em Educação, doutorando em Educação pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), especialista em Educação Especial e Transtorno do Espectro Autista pela Universidade Cruzeiro do Sul, professor da secretaria da educação do estado de São Paulo, professor de cursos de pós-graduação na área da Educação, autor de livro, escritor de artigos científicos para revistas especializadas e diretor-executivo da Revista Científica Educação.



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