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Desafios da Educação 2.0

...O Estado de São Paulo está à frente de muitos países, no que se diz respeito ao uso das tecnologias pelos nossos professores e estudantes...

Publicado em 24/03/2021 às 08:51
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Neste mês, completamos um ano de pandemia e em que as aulas em todo o país estão de forma remota, contudo esse ano começamos de forma presencial com revezamento dos alunos. Infelizmente, o país se encontra na pior fase da pandemia.

Este ano, no Estado de São Paulo, a rede de educação estadual iniciou com as aulas presenciais e que, de imediato, foram suspensas, na tentativa de conter o avanço da COVID-19, medida que afetou mais de 3 milhões de estudantes. Sabemos que tais medidas afetaram a vida das pessoas, principalmente das nossas crianças em relação aos estudos.

Enfim, chegamos em um ano de pandemia e a crise sanitária continua, e mais de 18 estados brasileiros continuam com o Ensino Remoto, porque não há condições de termos pessoas circulando nas escolas, assim como não há estrutura de locomoção, nem estrutura nas instituições para receber essas crianças e jovens.

Em outros Estados, tentam de uma forma manter o Ensino Remoto e o Presencial, como estava sendo realizado no Estado de São Paulo.

Contudo, de uma forma abrupta, o secretário de educação decidiu antecipar o recesso dos alunos. Sabemos que a nossa Educação Básica não é uma das melhores do mundo, e que muitos especialistas da área concluem que tal medida trará um atraso educacional para nossos estudantes. Cabe destacar que teríamos todas as condições pela continuidade com as aulas 100% remotas, pois tivemos muitas experiências positivas.

O Estado de São Paulo está à frente de muitos países, no que se diz respeito ao uso das tecnologias pelos nossos professores e estudantes, mesmo não tendo alcançado uma parcela dos estudantes na pandemia. Em uma entrevista para a DW, a especialista Brandau destaca a dificuldade que estudantes e professores da Alemanha e da Europa têm em relação ao uso da tecnologia para ministrar aulas.

Portanto, é preciso que, como toda essa experiência que a pandemia nos trouxe no campo educacional, possamos transformá-la em projeto de uma justiça curricular, conforme afirma o pesquisador e estudioso espanhol Torres Santomé. Ou seja, ajudar nossos jovens e especialmente os menos favorecidos a terem acessos à Educação igualitária e equitativa, tornando-se pessoas solidárias, colaborativas e corresponsáveis em construir um mundo mais humanizado e democrático.


Claudio Neves Lopes, mestre em Educação, doutorando em Educação pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), especialista em Educação Especial e Transtorno do Espectro Autista pela Universidade Cruzeiro do Sul, professor da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, professor da UNIVIR/FASUPI e professor de cursos de pós-graduação na área da Educação, autor de livro, escritor de artigos científicos para revistas especializadas e diretor-executivo da Revista Científica Educação.



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