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Educação

Dia Internacional da Educação

“(...) A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade.” Freire, 1997

Publicado em 24/01/2022 às 20:26

Ao celebrarmos o Dia Internacional da Educação, nosso mundo está envolto de incertezas e em colapso.

As desigualdades gritantes, um planeta danificado, polarização crescente e consequências devastadoras da pandemia nos apresentam uma decisão geracional - seguir um caminho insustentável ou mudar radicalmente de rumo.

A educação pode nos ajudar a resolver todos esses problemas, mas devemos enfrentar sérios desafios.

Todavia, não cumprimos com nosso compromisso de garantir o direito a uma educação de qualidade e equitativa para todos. Os transtornos causados ​​pela COVID-19 não fizeram mais do que agravar uma crise educacional que, mesmo antes da pandemia, excluía milhões de crianças fora da escola, especialmente, meninas. Como resultado dessa exclusão, milhões de crianças, jovens e adultos podem ser vítimas da pobreza, da violência e da exploração.

Neste momento excepcional, não podemos continuar fazendo o mesmo de sempre. Se quisermos transformar o futuro, se quisermos mudar de rumo, devemos repensar a Educação. Atuar em favor da diversidade e direcionar um trabalho profissional, na perspectiva de uma preparação técnico-ética-política, que compreenda muito além do atendimento à educação, que implica naquilo que se possa transformar a representação social sobre os sujeitos e a possibilidade de aprendizagem.

Ele nos divide e aprofunda os riscos e o desamparo. Isso nos deixa uma marca de tempo em que tudo é e será como antes, durante e depois da pandemia. Medos, riscos, incertezas, adoecimento, contágio, perdas, conflitos, angústias, pesares (...) caracterizam esta era como um período que arrasa muitas vidas e com uma estrutura produtivo laboral que revela forte enfraquecimento sociopolítico-ético-econômico em muitos países.

Com isso, fica patente que as preleções acerca de aspectos da totalidade que integram a humanidade é mero discurso retórico, uma vez que se reconhece apenas aspectos da realidade objetiva ao olhar para o outro e para a realidade, numa perspectiva tão fechada, reducionista, num modo tão analítico de ver o mundo e as coisas, que nada que integre à subjetividade se pode suportar. E isso é disfuncional do ponto de vista humano e da inclusão, visto que é fato que “[...] há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma Interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito (CHIZZOTTI, 1995, p. 83).”

Portanto, é preciso acionar um amplo movimento que englobe governos, sociedade civil, educadores, estudantes e jovens para mobilizar nossa inteligência coletiva e reimaginar nosso futuro juntos, ou seja, por uma Educação como bem comum, um direito fundamental e com uma base sustentável.


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