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E se os ônibus pararem? A população é quem paga o preço

Registro pode acordar, em breve, sem transporte coletivo. E não será por falta de ônibus. Será por falta de compromisso.

Publicado em 13/04/2025 às 10:30
Atualizado em

A empresa que presta o serviço já deu o alerta: sem pagamento, não tem como continuar rodando. E não estamos falando de valores simbólicos – estamos falando de meses de atraso. A conta chegou, mas quem deveria pagar parece seguir como se nada estivesse acontecendo.

Enquanto isso, moradores do Jardim São Paulo, Jardim Paulistano e Agrochá seguem esperando por mais horários e mais dignidade. Mas como ampliar um serviço que mal se mantém de pé? A resposta, por mais polida que venha nos ofícios, é clara: enquanto a Prefeitura não fizer sua parte, a população vai continuar pagando o preço – em atraso, em desconforto e, muito em breve, em total ausência de transporte.

É triste constatar que, numa cidade que sonha com o desenvolvimento, ainda falte o básico: o direito de ir e vir. Governar não é repassar culpa para o passado nem posar para foto em rede social. Governar é assumir responsabilidades, pagar as contas em dia e, acima de tudo, cuidar das pessoas.

A pergunta que deixo é simples: quando faltar ônibus na rua, vão botar a culpa em quem? Na chuva? No diesel? Ou vão, finalmente, assumir que prometeram muito... mas esqueceram de pagar o bilhete?


Jefferson Pécori Viana é professor e vereador. Formado em Relações internacionais, com estudos na Espanha e no Chile. Esteve em mais de 20 países. É Mestre em Economia Política Internacional.


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