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Educação

Interrogantes da educação em tempos de pandemia global

A escola é mais que um espaço físico (arquitetônico), pois cabe destacar que o processo educacional está envolto a um contexto histórico e social

Publicado em 06/12/2020 às 23:53
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Em um ano atípico em todo mundo e para todas as pessoas, neste contexto de pandemia, muitas pessoas têm feito a seguinte pergunta: o que aconteceu com a escola ou onde fica a escola? É uma interrogante para pensarmos agora e em um pós-pandemia na educação brasileira e mundial. 

Pois bem, a escola como prédio físico (arquitetônico) está fechada, contudo escola é onde esteja um aluno que queira aprender e o professor pronto a ensinar. Isso denota a existência de um processo educacional, ou seja, a escola está presente, essa é a escola. Agora, neste contexto atual, a escola tem passado por muitas mudanças para se adaptar à essa nova realidade. A pandemia obrigou-a aderir-se às tecnologias, essa que vinha sendo para os profissionais a não aceitação da sua inserção como componente curricular em suas aulas. Atualmente, as aulas estão sendo mediadas pela tecnologia que se destacam em um pequeno avanço, mas não apenas como usá-la e, sim, como fazer seu uso. A tecnologia e a virtualização da educação vieram para ficar e cabe ao Estado propor políticas públicas e capacitação para os profissionais da educação.

A escola é mais que um espaço físico (arquitetônico), pois cabe destacar que o processo educacional está envolto a um contexto histórico e social e não importa o ambiente, o lugar, o espaço, mas o ato vinculativo para transformação do sujeito.

Deste modo, fica claro que a escola precisa deste vínculo professor e aluno, pois essa tríade é importante para a educação em tempos de incertezas. Todavia, aqui não se está tratando de uma escola construída em um espaço de terra, com blocos, cimento, entre outros, no entanto de uma escola que perpassa esses elementos físicos (arquitetônicos), uma escola transdisciplinária, democrática, inclusiva e sustentável.

Portanto, antes de fazermos essas perguntas, o que aconteceu com a escola e onde se localiza? Precisamos indagar onde está o Estado e as políticas públicas voltadas para garantir uma educação de qualidade e equitativa para os cidadãos? Ou seja, nas palavras de Freire (2001) “se o meu compromisso é realmente com o homem concreto, com a causa de sua humanização, de sua libertação, não posso por isso mesmo prescindir da ciência, nem da tecnologia, com as quais me vou instrumentando para melhor lutar por esta causa”.

Claudio Neves Lopes, mestre em Educação, doutorando em Educação pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), especialista em Educação Especial e Transtorno do Espectro Autista pela Universidade Cruzeiro do Sul, professor da secretaria da educação do estado de São Paulo, professor de cursos de pós-graduação na área da Educação, autor de livro, escritor de artigos científicos para revistas especializadas e diretor-executivo da Revista Científica Educação.



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