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Transtorno do Espectro Autista

Que possamos, enquanto sujeito político e social, lutar e cobrar por políticas públicas voltadas às minorais e, nesse caso aqui, aos sujeitos com TEA

Publicado em 11/04/2021 às 23:48
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No ano de 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu comodia mundial para a conscientização do Transtorno do Espectro Autista o dia 2 de abril.

Esse dia passou a ser mundial onde todas as nações chamam a atenção da sociedade sobre o assunto da conscientização à pessoa com Transtorno do Espectro Autista-TEA. O sujeito com TEA apresenta comprometimento nas duas relevantes áreas do desenvolvimento como: interação social (dificuldades na linguagem verbal e não verbal, assim como, socioemocional) e comportamento (movimentos contínuos, padrões restritivos e repetitivos e interesses fixos, entre outros). Contundo, o DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais trata esse transtorno como um espectro por termos diferentes níveis de intensidade.

Sabe-se, por meio de pesquisas e estudos, que as causas do transtorno do espectro autista podem ser causas advindas por uma herança genética passada pelos pais aos filhos. No entanto, não é somente essa causa que pode influenciar e, também, as questões ambientais podem impactar o desenvolvimento dos fetos, como infecções,estresses, exposições a substâncias tóxicas e complicações durante a gravidez.

A partir do nascimento e a apresentação dos primeiros sinais ainda na infância, começa a dura e árdua batalha da família para buscar um diagnóstico preciso e eficaz ao atendimento precoce de indivíduo que possa ter um atendimento de qualidade e especializado para ajudá-lo no seu desenvolvimento psicossocial e psicobiológica.

Uma luta que há décadas as famílias e as pessoas com TEA lutam por direitos à Educação, à Saúde, à Mobilidade, à Inclusão Social e entre outros direitos que a Constituição Federal do Brasil prima a todos os cidadãos.

Inclusão Educacional e Social não deveriam ser discutidas nem conscientizadas, deveriam, sim, fazer parte do nosso dia a dia. Infelizmente, precisamos ainda evoluir para uma humanidade que priori o outro, o menos favorecido, sempre em busca da equidade e da igualdade entre os seus. 

Que possamos, enquanto sujeito político e social, lutar e cobrar por políticas públicas voltadas às minorais e, nesse caso aqui, aos sujeitos com TEA, ou seja, romper com os velhos paradigmas e conceitos preconceituosos, e desenvolver um paradigma inclusivo, afetivo e humanístico.


Claudio Neves Lopes, mestre em Educação, doutorando em Educação pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), especialista em Educação Especial e Transtorno do Espectro Autista pela Universidade Cruzeiro do Sul, professor da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, professor da UNIVIR/FASUPI e professor de cursos de pós-graduação na área da Educação, autor de livro, escritor de artigos científicos para revistas especializadas e diretor-executivo da Revista Científica


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