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Um vírus ...

“(...) É o medo caótico generalizado e a morte sem fronteiras causadoras por inimigos invisíveis que têm causado grandes prejuízos sociais.”

Publicado em 31/12/2021 às 09:00
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“(...) É o medo caótico generalizado e

a morte sem fronteiras causadoras

 por inimigos invisíveis que têm causado

grandes prejuízos sociais.”

Domingues da Silva, 2020.

A pandemia do coronavírus (Covid19), no mundo, a partir de 2020, mudou nossas vidas e, portanto, nossa educação, ou seja, a tal ponto que temporariamente não podíamos frequentar instituições de ensino pessoalmente. Em qualquer caso, ensinamos da melhor maneira que podíamos, pois uma jornada diferente fora construída através das salas de aula virtuais, dos materiais enviados por e-mail, do uso do telefone (...) e, com isso, nós (professores, alunos e famílias) aprendemos.

Que experiências eles nos deixaram? Hoje temos novos conhecimentos que podem nos guiar para continuar construindo novos caminhos.

A pandemia que nos chegou de forma inesperada, com tanta hostilidade, carregando uma incerteza agonizante, envolveu todos os países, expondo seus conflitos, seus recursos e suas misérias de todos os tipos; ao mesmo tempo podemos dizer que nos igualou independente de cultura, de status social, tirando toda a proteção contra um vírus.

Hoje, sofremos seus efeitos com sofrimento e cansaço, pois nos obriga a viver em ‘outra realidade’. Atinge o nosso corpo, impõe-se brutalmente sobre nós, ameaçando-nos de doença e morte e nos mostra nossa incapacidade natural, enquanto sociedade, de construir estratégias consensuais de proteção.

Ele nos divide e aprofunda os riscos e o desamparo. Isso nos deixa uma marca de tempo em que tudo é e será antes, durante e depois da pandemia. Medos, riscos, incertezas, adoecimento, contágio, perdas, conflitos, angústias, pesares (...) caracterizam esta era como um período que arrasa muitas vidas e com uma estrutura produtivo-laboral que revela forte enfraquecimento sociopolítico-ético-econômico em muitos países.

As crianças, jovens e adultos que iremos encontrar, depois de tudo isso, não serão os mesmos. Enfim, teremos atravessados ​​por esta situação e por este sofrimento, contudo muitos sem poder exprimir e carregando o peso em silêncio porque não encontram palavras. Outros com novos sintomas, e cada um de nós possivelmente vamos enfrentar esse triste momento, tivemos que aprender a não ir à escola, a se retirar das salas de aula (...) como voltamos a habitá-los? Teremos que aprender de novo para ir à escola, a uma escola que será diferente (...) Aristóteles diria: como, de que maneira e quando? Viveremos novamente nas salas de aula que nos esperam? Os tempos lógicos de perceber, compreender e concluir levam-nos a refletir e inventar novas respostas e soluções.

A situação que vivemos ainda hoje, nesta pandemia, permite-nos perceber que é necessária maior agilidade na construção de recursos pedagógicos/didáticos/tecnológicos para expandir as nossas possibilidades de ensino e aprendizagem. A formação permanente que o Estado deve fornecer para professores e gestores é fundamental; é interessante neste momento de transição repensar as nossas práticas à luz das experiências adquiridas, das boas e das que não deram certo.


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