As mulheres negras de todo o Brasil celebram esta semana a história e o presente de resistência e grandes feitos. Marchas e rodas de conversa foram organizadas para marcar o 25 de julho, Dia da Mulher Negra e Afrolatina.
A data, criada por lei federal em 2014, é inspirada na luta de mulheres como Tereza de Benguela, líder quilombola que enfrentou a escravidão em Mato Grosso no século 18.
Célia Cristina Pinto, quilombola do Maranhão, é herdeira dessa luta. Ela defende o direito das comunidades quilombolas à regularização dos territórios, conforme prevê a Constituição de 1988.
As mulheres negras do Amapá também organizaram atividades esta semana para apresentar demandas ao governo e à sociedade. A preocupação é grande com a violência contra as mulheres negras e o ataque aos terreiros.
Maria da Dores Almeida, do Imena, Instituto de Mulheres Negras do Amapá, lembra que o respeito à religiosidade de matriz africana também é uma reverência à ancestralidade e às formas de organização do povo negro.
A programação de debates e oficinas vai até o dia 10 de agosto e pode ser conferida na página do Facebook da rede Mulheres Negras Amazônidas.
O Coletivo de Mulheres Quilombolas Na Luta do Vale do Ribeira fizeram um vídeo especial sobre a data de hoje. Confira o vídeo abaixo: