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Alunos do Senac de Registro se preparam tirando dúvidas sobre saúde

A novidade aconteceu em razão da roda de conversa realizada pela Agência de Notícias da Aids que abordou temas como prevenção às ISTs

Publicado em 23/02/2020 às 00:35
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Os alunos do Senac de Registro foram recebidos ao som de marchinhas de carnaval, sala decorada e uma mesa temática com camisinhas e folhetos informativos. A novidade aconteceu em razão da roda de conversa realizada pela Agência de Notícias da Aids que abordou temas como prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis e sexualidade.

Para o debate que contou com a mediação da jornalista Filomena Salemme, participaram a psicóloga Lorena Cascallana, o ativista vivendo com HIV, Welton Gabriel, a enfermeira coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids e hepatites virais de Registro, Fernanda Cassia Dias. 

Daniela Ianovali, coordenadora da área de saúde do Senac aproveitou a ocasião para anunciar aos alunos que o Senac fechou um acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e será um ponto de distribuição de preservativos. 

Fernanda explicou à plateia que o Programa trabalha com assistência, prevenção e tratamento das ISTs/aids e hepatites virais. Ela também destacou que o serviço de fornecimento de PEP esta disponível 24 horas na cidade. Apesar disso, os serviços de IST/aids em Registro estão de mudança para um município próximo, mas Fernanda afirmou que a Prefeitura está lutando para trazer um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) para a cidade. 

Welton Gabriel ressaltou a importância de fazer o teste de HIV, porque a pessoa pode estar infectada, não saber e estar passando o vírus para outras pessoas. Ao explicar a PrEP, Welton informou que a profilaxia só está disponível em Registro para casais sorodiferentes. “A pessoa quando descobre estar infectada, ela vai ter todo o acompanhamento, vai ter o tratamento e uma qualidade de vida melhor.” 

Fernanda lembrou aos presentes que o teste pode ser feito em qualquer unidade de saúde da cidade, não necessariamente o mais próximo de sua casa. “Porque, às vezes a pessoa pode sentir medo ou vergonha de ser visto por algum conhecido.” 

Lorena chamou a atenção para o acompanhamento psicológico da pessoa que se descobriu positiva. “Geralmente o primeiro sentimento é de culpa, vergonha, porque tem o pensamento de que a sexualidade é algo ruim.” 

Uma estudante questionou porque a PEP não está disponível nas farmácias, já que a pessoa pode ter vergonha de ir a um serviço e admitir que se descuidou em uma relação sexual. Em resposta, Welton explicou que, no Brasil, a pessoa que tem HIV ou se expôs ao vírus ate pode se tratar com um medico particular, mas que o tratamento e as profilaxias estão disponíveis apenas no SUS. 

Outra estudante quis saber se pode infectar por meio de masturbação com outra pessoa. “Para se infectar, você tem que ter uma porta de entrada em seu corpo. A não ser que você ou a outra pessoa tenha uma lesão na mão, não é possível transmitir o HIV desta forma”, explicou Welton. 

Um dos alunos, que fez um trabalho sobre preservativos, alertou os colegas que hoje existem estes insumos feitos de outro material, alem do látex. “Se alguém chegar pra você e disser quer fazer sexo sem camisinha porque tem alergia ao látex, não caia nessa!”. 

Ao final da roda de conversa foi exibido o curta “Cartaz positivo” produzido pelo GIV, que foi muito aplaudido.

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