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Doença de Peyronie

Causa de dor e curvatura no órgão sexual masculino pode ser hereditária?

A doença de Peyronie não é rara em homens com mais de 50 anos de idade e questões hereditárias e genéticas estão presentes em sua base

Publicado em 02/12/2022 às 22:23
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A doença de Peyronie, principal causa da curvatura peniana e das ereções dolorosas, se dá pela presença de lesões na albugínea (revestimento do músculo que faz a ereção, corpo cavernoso) e a aparição de micronódulos, que podem ocorrer durante a relação sexual, masturbação ou em pacientes que precisam injetar drogas para ter ereção.

O aparecimento dessa placa fibrótica ou nódulos, compromete a elasticidade do órgão sexual e, consequentemente, dificulta a estabilidade da ereção. No primeiro período da instalação da doença (mais ou menos por seis meses) o paciente terá desconforto e dores durante a penetração e ereção.

De acordo com o Dr. Marcio Menezes, cirurgião vascular com foco em técnicas médicas para aumento peniano e medicina sexual, embora quase nunca seja abordada, a doença de Peyronie não é rara em homens com mais de 50 anos de idade e questões hereditárias e genéticas estão presentes em sua base, ou seja, ela pode passar de pai para filho.

Por exemplo, uma família com quatro filhos homens e que o pai já teve a doença, aumenta as chances de que um deles tenha o mesmo problema. Mas, é importante ressaltar que, para isso acontecer, é preciso ter o gene da Síndrome de Peyronie. Sendo assim, a doença só ocorre quando há expressão do gene, como pelo trauma local.

Como são os sintomas da Síndrome Peyronie?

Dor na ereção, palpação de nódulos na superfície do pênis, curvatura do pênis em ereção e redução do comprimento do pênis. Além disso, a doença de Peyronie é caracterizada por duas fases, sendo a primeira delas apresentada por fortes dores e duração de 6 a 8 meses. Com a dor já estabilizada, surge a curvatura do órgão sexual.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito com a queixa do paciente, geralmente, referindo-se a dor no pênis em ereção, a presença de nódulos ou a curvatura do pênis.

Para os casos hereditários, é indispensável que haja uma comunicação dentro da própria família, porque, a partir do momento que os filhos têm acesso a informação de que o pai possui a patologia, é possível iniciar cuidados para que a doença não ocorra, como mais atenção durante as relações sexuais e um acompanhamento médico especializado.

Como a doença pode atingir a autoestima?

Além da esperada curvatura do pênis, ocorre também o encurtamento do órgão, o afinamento onde existe essa placa de fibrose e uma mudança no comportamento sexual.

Por não poder controlar o próprio órgão, o homem geralmente acaba se frustrando com a situação e naturalmente inicia a perda de autoestima e autoconfiança, levando a evitar qualquer tipo de relacionamento sexual e produzindo desprazer em pensar na possibilidade de uma ereção.

Como é o tratamento?

Nos casos que contam com presença de dor e incômodos, inicialmente, é feito um tratamento apenas com medicamentos via oral. Sem resultados positivos com esses medicamentos, é recomendado o uso de aparelhos para fisioterapia peniana associado ou não a injeções intraplacas de Plasma Rico em Plaquetas (PRP), sendo que, no Brasil, há outras modalidades de injeções intraplacas não aprovadas para uso.

Os procedimentos cirúrgicos são recomendados apenas quando a curvatura tem acima de 30 graus e o paciente deseja se submeter à ele. Já o uso de prótese peniana, é a última forma de tratamento indicada.

Como acontece a prevenção?

Atualmente, a prevenção é extremamente difícil de ocorrer por não se ter dados na família para acompanhar a doença. Porém, foi definido no XVII Congresso Paulista de Urologia, que é possível realizar a prevenção do desenvolvimento de sintomas mais sérios da doença com o uso de medicamentos específicos durante os primeiros 6 meses da patologia.

A medicação será receitada pelo urologista, juntamente dos outros cuidados que precisarão ser feitos durante o período. Em hipótese nenhuma é recomendada a automedicação sem o acompanhamento médico.

Atenção:

Fora os casos hereditários e que de fato ocorrem o trauma, doenças como diabetes e outras degenerativas crônicas também podem levar à fibrose da albugínea e ao encurtamento do pênis. Dessa forma, é preciso acompanhá-las e seguir o tratamento correto para que estejam sempre controladas.


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