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Doação de leite materno volta a crescer em SP

Rede de Bancos de Leite Humano coletou mais de 4,4 mil litros por mês em 2021, mas precisa reverter impacto da COVID. Saúde pede doações no “Agosto Dourado

Publicado em 02/08/2021 às 07:57

Balanço da rede de Bancos de Leite Humano do Estado de São Paulo mostra que a média de doações cresceu neste segundo ano de pandemia, mas ainda precisa reverter o impacto causado pela COVID-19 e aumentar os níveis para suprir recém-nascidos hospitalizados em UTIs Neonatais.

Em 2021, até maio, o Estado já conseguiu arrecadar mais de 22,2 mil litros de leite materno, uma média de 4,4 mil por mês. O número representa pelo menos 60 litros a mais coletados mensalmente em comparação a 2020, quando a pandemia começou. Apesar do pequeno aumento, a quantidade não é suficiente para atender toda a demanda.

Isto porque, no ano passado, a rede sentiu o impacto das doações com a chegada da COVID-19: a média mensal de coleta foi de 4,38 mil litros, contra 4,6 mil litros em 2019, uma queda de 5% no volume.

Um dos principais Bancos de Leite de SP está situado no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros e também enfrenta oscilações nos estoques.

A unidade da Secretaria de Estado da Saúde conseguiu superar o número de doações de leite materno em 2020, em comparação com o de 2019. Durante os primeiros meses do ano passado, chegou a arrecadar menos de 100 litros mensalmente, e em outros momentos superou a marca de 200 litros.

Seguindo todos os protocolos e reforçando a importância da doação, conseguiu fechar o ano com 1867 litros coletados, ultrapassando a quantidade arrecadada em 2019, de 1435 litros.

“Ainda estamos em pandemia e a demanda de leite humano nas unidades neonatais é alta. Precisamos de doação para garantirmos a assistência desses bebês. Um litro de leite humano doado pode alimentar 10 crianças ou mais. Doar é seguro e salva vidas”, afirma a coordenadora do Banco de Leite da Maternidade Leonor Mendes de Barros, Andrea Spinola.

O Estado de São Paulo contabiliza 56 Bancos de Leite Humano (BLH) e 46 postos de Coleta de Leite Humano (PCLH). Em 2020, o Estado contou com mais de 36 mil doadoras.

Como doar

Tornar-se doadora é muito simples. Se a mulher é saudável, está amamentando seu bebê e sobra leite nas mamas, ao invés de desprezar o excedente, pode contribuir com as mães que não têm leite suficiente.

Todas as orientações a serem seguidas para doar leite materno podem ser consultadas em https://rblh.fiocruz.br/.

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