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Químicos alertam para uso inadequado de produtos para desinfecção

Uso excessivo pode diminuir a eficácia da limpeza e até gerar problemas de saúde

Publicado em 03/08/2020 às 23:00

Com a flexibilização do isolamento social, órgãos públicos e supermercados adotaram medidas drásticas para impedir o contágio por coronavírus. Cabines de desinfecção e pontos de álcool em gel se tornaram comuns, mas escondem riscos a longo prazo para a saúde.

Segundo Gandhi Giordano, conselheiro do Conselho Regional de Química III do Rio de Janeiro (CRQ-III) e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a limpeza excessiva também pode diminuir a eficácia dos produtos. Usar máscaras, lavar as mãos e os sapatos já são atitudes suficientes para combater o vírus.

Para Giordano, “Não precisa inventar muita coisa. Imagina você passar dentro de um túnel de desinfecção com produto químico. Pode cair algo nos seus olhos, pode trazer um dano muito maior para algumas pessoas que são alérgicas a certos produtos. São produtos perigosos que acabam sendo tóxicos, você pode respirar e passar mal”.

Outro alerta ficou para as misturas caseiras e uso excessivo de produtos químicos em casa. A limpeza bruta com água sanitária, por exemplo, precisa ser diluída em água. Ao contrário da crença popular, passar o produto “puro” não gera maior poder de limpeza.

O professor também ressaltou, “A água sanitária precisa ser diluída em água. O cloro, se estiver muito alcalino e concentrado, não funciona porque o pH estará alto. Então você vai passar o produto, mas ele não vai desinfectar. Uma xícara de café de água sanitária para um litro de água é o correto para ter o produto com a concentração de cloro suficiente, com pH neutro que funciona”.

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