O governo do Estado de São Paulo publicou nesta segunda-feira, dia 30, em seu site oficial uma matéria indicando como destino turístico o Parque Estadual da Ilha do Cardoso.
Este parque faz parte de uma área de 13 mil hectares com vegetação da Mata Atlântica e é gerido pela Fundação Florestal.
Dentro da ilha há o Núcleo Perequê, local de uma paisagem única onde é possível presenciar os famosos botos-cinza (Sotalia guianensis) ao longo de toda a Praia do Itacuruçá/Pereirinha.
A presença dos botos é garantida em todo o ano na região e é considerada uma atração do local. Os botos acompanham naturalmente as embarcações dos turistas. Uma experiência inesquecível.
O ato de observar o boto tem até um nome, o whalewacthing, que é a observação de um cetáceo, da família de golfinhos ou baleias, em ambiente natural.
Foto de uma família de Boto-cinza da Ilha do Cardoso
O Boto-Cinza, uma espécie de golfinho, pode ser observado ao longo de todo o ano na região, mas é uma atividade pouco explorada pelo setor de turismo, pois em pesquisa realizada foi constatado que apenas 7% dos visitantes vão especificamente para observar os botos, mas a mesma pesquisa constatou que de 1000 turistas entrevistados, 25% declarou que a atividade que mais gostou na visita foi justamente a observação do boto-cinza.
A atividade dos botos da Ilha do Cardoso faz parte do Projeto Boto-Cinza que entre os anos de 2011 e 2012 realizou 14 linhas de pesquisa, sobre a espécie animal, divididas em três grupos: estudos de padrões populacionais, estudos de ecologia comportamental e monitoramento de praias, que permitiu os estudos da biologia através de carcaças encontradas. O Projeto Boto-Cinza foi realizado pelo IPeC (Instituto de Pesquisas em Cananéia) com o patrocínio da Petrobrás por meio do Programa Petrobras Ambiental.
Além dos botos os visitantes podem realizar roteiros monitorados de caiaque e stand-up paddle no Rio Perequê e percorrer trilhas de variados níveis de dificuldade em ambientes de reconhecimento dos ecossistemas, associados à Mata Atlântica.
Há ainda o Centro de Visitantes onde é possível visitar uma exposição permanente de ossadas de animais marinhos e taxidermizados. Na ilha ainda tem camping e pousadas pertencentes aos moradores tradicionais caiçaras. Outra atividade disponível é a de trilhas monitoradas que levam às cachoeiras, poços de águas cristalinas e praias.
A cidade de Cananéia iniciou as atividades turísticas nos anos 1990 e hoje já conta com uma capacidade hoteleira (hotéis, campings, pousadas, etc) para receber cerca de 5.000 turistas.