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Espetáculo “Mãe, sou Queer!” chega a Registro, nesta sexta-feira (15)

Peça com temática LGBTQIA+ faz apresentação única e gratuita no Teatro Caixa Preta, às 20h Chega a Registro (SP), nesta sexta-feira (15), às 20h

Publicado em 14/03/2024 às 09:09
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O espetáculo “Mãe, sou Queer!” que, com um texto sensível e desafiador, pretende levar o público a acompanhar os caminhos trilhados pelas mães de filhes “queers”, até a aceitação. Uma história onde vários medos, expectativas, dúvidas e questões sobre os padrões heteronormativos virão à tona, além das “guerras” diárias que os corpos “queers” enfrentam na nossa sociedade. O espetáculo, que foi aprovado com recursos do Programa Ação Cultural (ProAC 2022), da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, é uma realização da Cia da Entropia, de São José dos Campos, e tem o apoio gestor da Cooperativa Paulista de Teatro. A apresentação será no Teatro Caixa Preta (Rua Meraldo Previdi, nº 531). Os ingressos são gratuitos, mas é necessário reservar, antecipadamente, pelo Sympla. Link: https://www.sympla.com.br/evento/espetaculo-mae-sou-queer-no-teatro-caixa-preta-registro-sp/2368119?_gl=1*1rnnowm*_ga*NTEyNDU5NTc3LjE2ODQ4NjEyMDA.*_ga_KXH10SQTZF*MTcwOTU3NTExNS4xLjEuMTcwOTU3NzAzMS4zMS4wLjQ0MjE2NzM5NA

O espetáculo conta com duas personagens em cena (uma mãe solo e sua filhe). A filha interpretada pela atriz Guia, que faz parte da comunidade queer, e a mãe interpretada pela atriz Simone Sobreda, que é mãe de uma filha bissexual. As duas já estiveram juntas em outros encontros de trabalho e, a partir destes encontros e de muitas conversas, decidiram contar suas histórias que, aliás, se mistura com histórias de diversas mães e filhes. A peça vai escancarar que, embora pensamentos referentes a gênero e suas performances tenham passado por transformações substantivas ao longo da história, a sexualidade e gênero ainda são encarados como grandes tabus. Um assunto velado, principalmente, no âmbito familiar, devido à sua organização heteronormativa.

No entanto, essa delimitação dos papéis de gênero e suas expectativas passa a ser repensada por corpos que desobedecem às normas. O que é ser diferente no vestir, no agir, na expressão do próprio ser? Nessa história de “mãe e filhe”, vários medos, expectativas, dúvidas e questões sobre as construções cis patriarcais virão à tona.

O texto destaca também temas referentes às causas atribuídas à sexualidade desses filhes e a superação de preconceitos. Será que o que entendemos sobre o amor seja só apego aos nossos ideais? A peça tem dramaturgia colaborativa entre as atrizes e o diretor Diogo Cábuli, com provocações de Henri Ferraz. “Essa obra foi gerada por muitos seres incríveis, fazedores da arte e “queermeras” da vida. Tivemos que girar muitas engrenagens para que esse trem desse a partida e nos encontramos, muitas vezes, suspensos a mais de mil metros do chão, buscando o melhor caminho para se contar essa história.

O processo colaborativo realizado por pessoas, na sua maioria queers, se fez potente e desafiador.

Nesse caminho foi necessário dar um salto, para além das bolhas que vivemos”, disse Diogo. A apresentação em Registro encerra a temporada do espetáculo, que fez sua estréia em São José dos Campos e passou por outras cidades do interior do Estado, como Americana e São Sebastião. Cia da Entropia A Cia da Entropia nasceu oficialmente em 2018, em São José dos Campos, da união das experiências da atriz Simone Sobreda em produção e atuação, e de Elton Dietrich, em administração e gestão financeira.

A Cia da Entropia faz uso de estruturas do teatro contemporâneo, documental e narrativo para trazer em seus processos os temas sociais e políticos que impulsionam seus criadores na vida e no fazer artístico. A entropia é uma variável de estado da termodinâmica que é popularmente associada ao conceito de desordem. O nome foi escolhido, portanto, devido ao caos interno e externo que coabitam os artistas e que, a partir dessa desordem, transformam-na em arte.


“Mãe, sou Queer!"

DIA: 15.03 (sexta-feira), às 20h

LOCAL: Teatro Caixa Preta (Rua Meraldo Previdi, nº 531) CLASSIFICAÇÃO: 14 anos DURAÇÃO: 50 minutos

INGRESSOS: gratuitos, mas é preciso reservar antecipadamente pelo Sympla

FICHA TÉCNICA Atrizes: Guia e Simone Sobreda Direção Geral: Diogo Cábuli Criação de Figurino: K8 Valença Cenógrafo, iluminador e produtor audiovisual: Wilian S. Sousa Sonoplasta e técnico de som: João Gouvêa Técnica e operadora de luz: B.R. Gabs Produtora executiva: Bel Gomes Gestor Financeiro: Elton Dietrich Videomaker: Drop Video Preparadora corporal: Brun Willi Design gráfico, social media e provocador: Henri Ferraz Intérprete de Libras: Sara Elisiê Apoio: Cia Bola de Meia, Teatro Marcelo Denny, Manifesto Criativo, CAC Walmor Chagas e Associação Transbordamos Execução: Cia da Entropia Produção: Manifesto Criativo - laboratório de produções artísticas 

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