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EDUCAÇÃO

O que esperar...?

“O contexto atual indica o desafio da construção de um sistema de ensino inclusivo (...) implica em dar respostas assertivas e personalizadas.” Lopes,21

Publicado em 01/08/2021 às 23:24

Frente ao contexto atual em que vivemos na Educação, é preciso fazer a seguinte indagação: o que esperar do retorno às aulas neste mês de agosto?

Recordemos que já se faz quase dois anos sem as aulas presenciais totalmente, precisamente desde março de 2020 até julho de 2021 estávamos atuando em uma Educação remota, claro, que em alguns momentos tivemos uma parcela dos alunos tendo atendimento presencial. O ano de 2020 foi um ano de muito desafio e superação tanto para os alunos quanto para os professores, ambos tiveram que se adequar à uma nova realidade imposta pela pandemia do covid-19.

Com a pandemia e o isolamento social, desenvolveu-se uma educação de forma síncrona e assíncrona totalmente remota mediada por tecnologias, em salas de chat, fóruns, videoconferências, aulas de consulta virtual, entrevistas, questionários eletrônicos, acesso a material curricular e multimídia artesanal, desenvolvimento de atividades e avaliações parciais e finais, encontro com referentes, tutores, coordenadores, gestores, por meio de plataforma pedagógica.

Contudo, retomemos a indagação anterior, o que esperar dessa volta ‘a normalidade’. Será um grande desafio para ambos atores da educação estudantes e professores, pois é preciso retomar o vínculo de aprendizagem e as competências socioemocionais que, infelizmente, se perderam nesse trajeto. Porém, não é somente essas questões que devemos pensar, mas, sim, também o desafio da biossegurança porque nossos estudantes não estarão vacinados e uma parcela dos professores apenas com a primeira dose tomada, esses são os desafios impostos a esses atores.

Sendo assim, uma lição que a pandemia tem mostrado aos pesquisadores e estudiosos da Educação é que precisamos sair de uma Pedagogia da Ausência para uma verdadeira Pedagogia da Emergência, ou seja, 1. Filosófico-epistemológico: diferentes formas de conhecer e de apropriação do conhecimento. 2. Ontológico: um sujeito real e virtual. 3. Gnoseológico: novos espaços de poder concebidos pela cultura e pelo conhecimento. 4. Subjetivo: cada sujeito encontra a si mesmo e aos outros. 5. Político-pedagógico: são criados espaços de troca. 6. Ética e estética: envolve design para repensar a realidade e a prática (COPERTARI, 2011).

Em suma, vemos a aprendizagem como um ato libertador porque a educação é um direito humano onde não se trata apenas de acesso à escola, mas também de sentir a relevância que a escola responda aos interesses das pessoas (seus sonhos, suas utopias e seus desejos); uma perspectiva que não é o objetivo fundamental do modelo neoliberal porque requer uma construção coletiva e mais solidária. A Educação deve ser concebida como um instrumento de libertação de um sujeito e de uma sociedade para o qual deve haver um saber que teça criticidade ao saber, isto é, devemos refletir e repensar o que há muito tempo temos como saber, a verdade.

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