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Premiação

Histórias se entrelaçam na entrega do Prêmio ACIAR de Fotografia 2019

Este ano vinte fotógrafos participaram do concurso com 91 imagens. Cada concorrente pode participar com até cinco fotos

Publicado em 16/10/2019 às 00:53

Aconteceu na noite da última quinta-feira, 10 de outubro, o encontro dos fotógrafos que tiveram imagens selecionadas para o calendário do comércio 2020, sob o tema Monumentos Históricos do Vale do Ribeira. Os fotógrafos receberam uma reprodução em quadro da foto selecionada e a Audrey Harumi Imasato, autora da foto que recebeu mais votos do júri, ganhou também uma máquina fotográfica semiprofissional. 

Durante a premiação, fatos curiosos entrelaçando a história dos monumentos: Luciana Suguinoshita fotografou a Igreja Episcopal do bairro Mangalarga, na zona rural de Registro, intitulada “Marco da Imigração Japonesa – Capela 90 anos” e Maria Clara Yumi Sako, autora de “Casa de Madeira, Barro e Sonho”, vizinha à igreja. Então, Luciana contou que seu bisavô integrou o grupo de imigrantes que contribuiu para a construção da igreja que ela fotografou. E Maria Clara foi premiada com a foto da casa, ao lado da igreja, em que o bisavô de Luciana morou.

Vera Kazuko Umaki Hirata ganhou reproduções de duas fotos de sua autoria: “Bebedouro” e “Torres da Matriz”. Ela contou que o bebedouro que fotografou foi uma doação da Câmara Municipal de Iguape à cidade no século XIX.

Este ano vinte fotógrafos participaram do concurso com 91 imagens. Cada concorrente pode participar com até cinco fotos. Vera Kazuko participou pela primeira vez e disse ter ficado motivada para as próximas edições do concurso.

“Valoriza não apenas a arte, mas também o interesse das pessoas em participar”, afirmou.

Além de Vera, Luciana, Audrey e Maria Clara, também têm imagens no calendário os fotógrafos Walaka Batista dos Santos (“Aldeia Indígena Djaiko aty" ),Valdair Muniz (“Canhões Silenciosos” e “Espaço de Paz” ), Sumaia Matsuda (“Fim de Tarde na Catedral” e “O Sobrado dos Toledo”), Jhonatas Francis Moreira (“Igreja do Quilombo Ivaporunduva”) e Afonso Cugler dos Santos (“Portais dos Céus – Conexão Divina” ).

O presidente da ACIAR, Daniel Muniz de Paulo, que entregou os prêmios, informou que o concurso continua em 2021. Ele informou, ainda, que o acervo de fotos que a ACIAR obteve nesses vinte anos será colocado na internet e permitirá que, em qualquer lugar do mundo, as pessoas possam conhecer a região.

“Esse concurso mostra uma diversidade grande, uma riqueza de imagens que só eleva o Vale do Ribeira”, avaliou.

A bibliotecária Cristiane Bastos Afonso (SENAC), que integrou o júri e prestigiou a premiação observou que o incentivo a toda forma de expressão é válido.

“Os olhares das pessoas surpreendem, mostram coisas mais belas ou nos fazem conhecer coisas novas. Para mim, foi muito gostoso participar”, analisou.

De fato, o Prêmio ACIAR de Fotografia mescla o olhar de quem começa a olhar o mundo, como Maria Clara (10 anos), e de quem, com olhos experientes, consegue ver o novo, como Vera Kazuko (71 anos).


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